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AVE MARIA by Leo Rojas - SOUL BIRD

Não Digas Nada!


Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

terça-feira, 28 de agosto de 2012


Onde o teu corpo principia e o meu acaba


Foto: Onde o teu corpo principia e o meu acaba

O teu nome está inscrito
Onde as pedras moram.
Onde um veio de água corre
Subtil ao lume
Percorrendo as mais internas
Fendas do silêncio.

Súbita alegria irrompe
Onde o líquido ressume.
Germinam as sementes
Mais pequenas ao olhar.

E sou ar ocupado por teu corpo
Moldo-me à frequência
Com que te libertas dos medos.
E sou-te brisa refrescante
E anelar impulso.

Elevas-te quando a sombra
É nula e,
Meu corpo é chão
De teus sentires.

O leve crepúsculo dos deuses
Guardado
Nos lábios que te serão lua
Quando, meu corpo te atravessar
No infinito do olhar.

Joaquim MONTEIRO
2012-08-24 


O teu nome está inscrito
Onde as pedras moram.
Onde um veio de água corre
Subtil ao lume
Percorrendo as mais internas
Fendas do silêncio.

Súbita alegria irrompe
Onde o líquido ressume.
Germinam as sementes
Mais pequenas ao olhar.

E sou ar ocupado por teu corpo
Moldo-me à frequência
Com que te libertas dos medos.
E sou-te brisa refrescante
E anelar impulso.

Elevas-te quando a sombra
É nula e,
Meu corpo é chão
De teus sentires.

O leve crepúsculo dos deuses
Guardado
Nos lábios que te serão lua
Quando, meu corpo te atravessar
No infinito do olhar.

Joaquim MONTEIRO
2012-08-24

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